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Inspeções e Ensaios em Transformadores Imersos em óleo

Transformadores imersos em óleo mineral isolante necessitam de inspeções programadas, em períodos específicos, para acompanhamento de itens essenciais ao seu bom funcionamento.

As recomendações a seguir são feitas por fabricantes nacionais e compreendem transformadores imersos em óleo mineral isolante, com potência igual ou inferior a 4000kVA:


INSPEÇÕES E ENSAIOS

Registros:

Os registros operacionais devem ser obtidos através das leituras dos instrumentos indicadores, das ocorrências extraordinárias relacionadas com o transformador, bem como todo evento relacionado, ou não, com a operação do sistema elétrico, que possa afetar o desempenho e/ou características intrínsecas do equipamento.

É recomendável o acompanhamento e registro diário dos indicadores de temperatura do equipamento e ambiente, do indicador de nível de óleo, carga e tensão do transformador.


Inspeção Termográfica:

Tem a finalidade de detectar aquecimentos anormais em conexões, componentes e no próprio corpo do transformador e devem ser realizadas periodicamente nas subestações. A freqüência pode variar de acordo com a importância do equipamento ao sistema, as condições ambientais de instalação, as condições operacionais relacionadas a incidência de cargas não lineares e outros fatores que caracterizem condições anormais de operação.


Verificação das Condições do Óleo Isolante:

Anualmente deverão ser coletadas, no mínimo, amostras para realização de análises físico-químicas e cromatográficas, podendo ser recomendadas análises adicionais na eventualidade de serem identificadas condições anormais de operação. No entanto, pode ser conveniente alterar o período desta inspeção, em função do tipo de construção do transformador, do local de sua instalação e de suas condições operacionais.


Inspeções Visuais:

Devem ser feitas inspeções visuais periódicas, seguindo-se um roteiro previamente estabelecido, que deve abranger todos os pontos a serem observados.

Ocorrências que exigem desligamento imediato, pois colocam o equipamento e as instalações em risco iminente: ruído interno anormal; vazamento significativo de óleo; aquecimento excessivo dos conectores, observando os critérios estabelecidos para termovisão; relé de gás atuado; sobreaquecimento de óleo ou dos enrolamentos detectados através dos termômetros/imagens térmicas.

Ocorrências que exigem desligamento programado, pois não ofereçam riscos imediatos. Estes desligamentos devem ser efetuados no menor prazo possível, dentro das condições operacionais do sistema: vazamento de óleo que não oferece risco imediato de abaixamento perigoso do nível; aquecimento nos conectores, observando os critérios estabelecidos pela termovisão; desnivelamento da base; anormalidades constatadas nos ensaios de óleo, obedecendo aos limites fixados na NBR 5356; irregularidades no funcionamento do comutador de derivações em carga (neste caso, bloquear a operação do comutador); trinca ou quebra do diafragma de válvula de segurança (tubo de explosão); · defeitos nos acessórios de proteção e sinalização.


Inspeções periódicas:

Buchas: devem ser feitas as seguintes verificações: vazamentos; nível do óleo isolante; trincas ou partes quebradas, inclusive no visor do óleo; fixação; condições e alinhamento dos centelhadores; conectores, cabos e barramentos; limpeza das porcelanas.

Tanque e radiadores: vibração do tanque e das aletas dos radiadores; vazamentos na tampa, nos radiadores, no comutador de derivações, nos registros e bujões de drenagem; estado da pintura, com registro de eventuais pontos de oxidação; estado dos indicadores de pressão (para transformadores selados); todas as conexões de aterramento (tanque, neutro, etc.); bases (nivelamento, trincas, etc.); posição das válvulas dos radiadores.

Conservador: vazamento; registros entre o conservador e o tanque se estão totalmente abertos; fixação do conservador; nível do óleo isolante.

Termômetros de óleo e/ou enrolamento: funcionamento dos indicadores de temperatura; valores de temperatura encontrados (anotar); estado dos tubos capilares dos termômetros; pintura e oxidação; calibração e aferição; nível de óleo na bolsa.

Sistema de ventilação: ventiladores, quanto a aquecimento, vibração, ruído, vedação a intempéries, fixação, pintura e oxidação; acionamento manual; circuitos de alimentação; pás e grades de proteção.

Sistema de circulação de óleo: bomba de circulação forçada de óleo, quanto a aquecimento, ruído, vibrações, vazamento; circuitos de comando, controle e alimentação; indicador de fluxo; pressostatos.

Secador de ar: estado de conservação; limpeza e nível de óleo da cuba; estado das juntas e vedação; condições da sílica-gel.

Dispositivo de alívio de pressão: tipo tubular: verificar membrana; tipo válvula: verificar funcionamento do microrruptor.

Relé de gás: presença de gás no visor; limpeza do visor; vazamento de óleo; juntas; fiação; atuação (alarme e desligamento).

Relé de pressão súbita: vazamento; juntas; contatores tipo plugue; fiação.

Comutadores de derivações (sem tensão): estado geral e condições de funcionamento; (em carga): nível de óleo do compartimento do comutador; condições da caixa do acionamento motorizado quanto a limpeza, umidade, juntas de vedação, trincos e maçanetas, aquecimento interno, etc.; motor e circuito de alimentação; fiação.

Caixa de terminais da fiação de controle e proteção: limpeza, estado da fiação, blocos terminais; juntas de vedação, trincos e maçanetas; resistor de aquecimento e iluminação interna; fixação, corrosão e orifícios para aeração; contatores, fusíveis, relés e chaves; isolação da fiação; aterramento do secundário dos TC, régua de bornes, identificação da fiação e componentes.

Ligações externas: aterramento; circuitos de alimentação externos.


Ensaios:

Devem ser realizados os seguintes ensaios e inspeções, com desligamento do transformador, com freqüência determinada pelo desempenho do equipamento, pelas condições operacionais, condições das instalações, importância do equipamento ao sistema, entre outros fatores: fator de potência do transformador e fator de potência e capacitância das buchas, se providas de derivações capacitivas; isolamento com corrente contínua do transformador; relação de transformação; resistência elétrica dos enrolamentos; relação de transformação (inclusive após a mudança de uma derivação do comutador sem tensão e/ou quando da manutenção do comutador de derivações em carga).



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POR SUBESTAÇÃO ENERGIA DO BRASIL

REFERÊNCIA:


WEG. Manual Transformador a óleo até 4000kVA. Manual 10000892317 Rev.01 – 12/2010.


União Transformadores. Manual de Instalação e Operação. FU 125.1 de 06/ABR/15.

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